Biro
Antônio Marques de Jesus Santos nasceu em 06 de outubro de 1969. Tornou-se Biro ainda na infância, quando nas brincadeiras de bola, os amigos e o avô procuravam um nome mais rápido de chamar para o menino. Antônio, Biro, Cosminho, alcunhas do escultor que tinha problemas na visão na infância, que levaram sua mãe, Zélia de Jesus Santos, a devotar São Cosme na fé pela cura do filho. Trabalha a madeira há mais de vinte e cinco anos, seguindo os passos dos seus mestres Louco, Boaventura da Silva e Doidão, José Cardoso, com quem trabalhou por muitos anos em seus trajetos rumo Praia do Forte, Ilhéus, Morro de São Paulo e praias afora.
Biro gosta de trabalhar com liberdade, escutando o que a madeira convida a mostrar, sem máquinas elétricas, utilizando suas ferramentas do modo como aprendeu, no tempo de cada corte ou lixa, com sutileza para entender o toque e os caminhos dos nós ou fibras.Sonha em ter seu próprio espaço para mostra sua arte, e deseja que ela nunca morra, que jovens possam conhecer, aprender, levar adiante e manter viva essa chama de antiga linhagem, da escultura do Recôncavo.
Palavras-chave: Escultura, madeira, São Cosme, São Jorge, orixás, escravidão